Particularmente não entendo muito bem acerca das estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. E refiro-me nas mudanças de uma para outra, que somente identifico-as quando vejo ser noticiado nos telejornais que acompanho diariamente ou quando acesso algum site e leio a chamada: “[...] hoje inicia-se a estação [...]”.
Como moro no centro-oeste do nosso país e aos que residem no Distrito Federal entendem o que digito: aqui, certas vezes, ao longo do ano podemos vivenciar as 04 estações no mesmo dia (ok, exageros bem a parte!). Mas acabamos por ter essa sensação, principalmente, térmica. O que acarreta-nos muita debilidade em nossa saúde.
E somente para pautar de forma clara, pois faz-se necessária, as estações possuem os seus ‘inicios’ nestes períodos a saber: a primavera inicia-se em setembro, o verão em dezembro, o outono em março e o inverno em junho. Repito que em determinadas regiões a sensação e a vivência é que essa divisão não existe por causa do aquecimento global. Entretanto, as imagens da nossa cidade, campos, árvores e demais belezas de flora é que indica-nos essas mudanças.
Mas o foco desse texto não será sobre digitar acerca das estações do ano. O foco é as nossas estações que vivemos, procuramos e geramos. “Como assim irmão Jean?”, você – talvez - deve estar a gerar essa pergunta em sua mente. Continue a ler que explicarei.
Aqui peço que, por favor, você volte e reveja mais uma vez a imagem que postamos para esse texto e retome a leitura. Mas estude-a sem pressa. Deixe-se ser envolvido por ela.
Ok, tomara que você tenha revisto a imagem, pois ela exemplifica visualmente esse texto. Continuemos, mas irei pautar em breve linhas acerca de cada “Estação” que vivemos, procuramos e geramos.
Inverno
Nesta estação acabamos por ficar mais preguiçosos o que não é de tão mal, pois quem nunca curtiu aquele friozinho debaixo de uma coberta e segue as opções (risos): com o controle remoto da tv, uma boa xícara de chá, leite e café ou um chocolate quente ou com uma boa, quente e excelente companhia?
Então, no natural é no inverno que as folhas das árvores param de produzir e ficam ociosas. Assim também somos nós, acabamos por ficar ociosos em “nossa estação de inverno”. Entretanto, vamos refletir: ao invés de ociosidade poderíamos utilizá-la para nos fortalecer, ali em nosso quentinho quarto, buscar envolver a nossa companhia neste processo e juntos tornar o nosso inverno mais aconchegante, e principalmente, mais instrutivo, preparatório para o florir da nossa outra estação, a primavera.
Primavera
Já nesta estação as folhas voltam a crescer, voltam a ter a sua beleza inicial. Mas ainda não atingem a sua plenitude de beleza. Aqui elas iniciam o seu processo de crescimento.
Acredito que muitos de nós sentimos esse ‘voltar a crescer’ em determinadas áreas de nossas vidas. E isso motiva-nos a seguir, não é verdade? Então que a “nossa estação de primavera” seja pautada de crescimento e não só em algumas áreas das nossas vidas, mas em todas elas. Sem distinção.
Tudo bem, pois nem sempre sabemos que será tudo flores, não é mesmo?. Mas é na primavera que as nossas folhas voltam a crescer e que estejamos atentos para isso podermos contribuir para o crescimento.
Verão
Então chega essa estação que definitivamente nos torna mais frondosos, belos e cheios de frutos. As nossas copas estão cheias e geram deliciosas sombras e conforto. Certas pessoas nos admiram e querem estar sempre conosco. O sol, ele é o responsável que por meio de seus raios ajuda-nos a ficar mais fortes e belos.
Mas é nesta estação que também nos enganamos e não vigiamos, pois por estarmos frondosos, acabamos por não querer produzir, não querer trabalhar, criar a nossa reserva de nutrientes. Lembremos que é um ciclo “as nossas estações”, ou seja, o inverno irá voltar. Fato. Mas, antes do inverno teremos o outono.
Outono
É quando as nossas folhas ficam amareladas e começamos a dispensá-las ao vento. Quem já teve a oportunidade de presenciar e não refiro-me por imagens (o que não deixa de ter a sua beleza), de ver ao vivo uma área cheia de árvores com suas copas amareladas ou mesmo o chão onde ele possui muitas folhas caídas? É de uma beleza ímpar.
Em “nossa estação de outono” é a época em que precisamos liberar coisas velhas. O processo de renovação inicia-se e – querendo nós ou não, somos obrigados pela naturalidade do processo de soltar tudo que já usufruímos até aquela estação. Toda a vivência, experiência e tudo que se tornou improdutivo. Tudo dará lugar para ‘o novo’. Como acho isso forte!
As nossas estações, uma ministração e um conto
Creio que com essa linguagem metafórica tenha exemplificado o que significa “as nossas estações”. Todos nós, sem exceção, possuiremos dias de invernos, dias de primaveras, dias de verões e dias de outonos. Aqui usarei o senso comum: “[...] isso é normal [...]”, então, que venhamos vivê-las, aprender com elas, tirar delas proveitos para melhorias em nós mesmos.
Quando medito acerca desse assunto, recordo-me da ministração da Ana Paula Valadão, no dvd por nome “Esperança”. Quando ele ministra acerca das estações e do kairós (tempo) de Deus em nossas vidas. Provavelmente você já dever ter visto essa ministração, mas compartilho logo no final do texto o link para que a reveja.
Outra lembrança que vem em minha mente é um conto originário de um lendário autor grego, por nome de Esopo, e que fora recontado por um poeta e fabulista francês, Jean de La Fontaine: A Cigarra e a Formiga.
Os estúdios Walt Disney possui uma produção que nos mostra essa fábula e que também no final do texto disponibilizo o link para que você assista ao desenho que possui 8m12s. Desejo que você assista-o e reflita acerca das estações.
Somos a cigarra ou somos a formiga? Somos aquela pessoa que recebemos uma bênção logo após de um duro inverno, mas ao tê-la vamos curtir o verão e esquecemos que um novo inverno pode chegar?
Em todas as estações o que não podemos deixar de lado é a nossa adoração ao nosso Deus, o nosso devocional em busca de intimidade, pois só com Ele que conseguiremos passar por todas as estações, com humildade, com dignidade, com visão de aprendizagem continua e, acredito muito nisso, nos tornaremos exemplos para a honra e glória de Deus.
Viveremos épocas que estaremos ‘secos’ como a imagem que postei. Entretanto, isso não quer dizer que não possamos vir a ficar como a outra imagem: frondosos e belos. Mas, o que estamos fazendo durante “as nossas estações”? Estamos como a cigarra ou como a formiga?
Não possuímos datas certas de quando “as nossas estações” possuíram o seu início e o seu fim. Vamos viver as estações. Vamos aprender com as estações. E isso é somente possível se estivermos com Deus. É Deus que pela sua misericórdia e graça, às vezes, avisa-nos e deixa-nos alertados: “algo encontra-se por vir, prepare-se...”. Gostem uns ou não, mas Deus avisa os seus servos. Sempre!
Quero finalizar digitando que inicialmente eu iria desenvolver acerca de outro campo que a imagem das árvores me leva para meditar: raízes. Mas deixemos esse campo para outro texto.
Termino com desejos que a graça, a paz, o amor incondicional e incorruptível do nosso Senhor Jesus estejam com todos nós. Sempre!
JC
"Tudo tem o seu tempo próprio, e há momento adequado para todo o propósito debaixo do céu." Eclesiastes 3.1
Ministração do dvd Esperança: http://youtu.be/LT-r9b8Swr0
Desenho "A Cigarra e a Formiga": http://youtu.be/IezC65lMZKY