quarta-feira, 20 de abril de 2016

Vamos ponderar: Política, "Guerra de Cuspe" e a plateia



Como este texto poderá atingir uma múltipla e variada quantidade de pessoas (com crenças: religiosas e políticas, etnia e orientação sexual diferenciadas) é preciso delimitar o objetivo dele. O foco não é para apontar (positivamente ou negativamente) o que houve e se existe o certo e o errado, pois dedos apontados já existem dos mais variados. E, cremos, que a consciência de cada um possa avaliar as ações que serão abaixo citadas e dessas serão geradas perguntas para que cada um possa responder de forma mais crítica e intrínseca.

Sobre o PT, a presidenta DILMA e o processo de IMPEACHMENT

Começamos a citar que votamos no PT desde o ano de 2002, ano esse que o Brasil buscou fazer a mudança em seu voto. E muitos conseguiram mudar a cor do planalto central. O vermelho chegou ao Palácio da Alvorada. E já se vão 13 (treze) anos de governo PT em nosso lindo Brasil.

Não vamos descrever aqui os assuntos de corrupção que o PT se envolveu nestes 13 anos. Entretanto, vamos citar os mais polêmicos e que, de fato, ganharam a grande mídia e a atenção de uma parcela da população que busca se inteirar do cenário político, são eles: o MENSALÃO e a LAVA JATO. Caso você seja um leitor que não tem o mínimo de conhecimento sobre estes dois escândalos, por gentileza, busque obter, pois só assim entenderá o porquê muitos não querem mais o PT na presidência do nosso lindo país.

A palavra decepção é o que muitos brasileiros, petistas (alguns) ou não, sentem, e como palavra, utilizam nos discursos mais amenos para delimitar sua opinião sobre toda essa situação no Brasil.


Perguntas:

- Será que um partido, que governa o nosso país, durante tanto tempo, nunca se envolveria em um cenário de corrupção?

- Será que muitos de nós queremos ter aquela reação de “negação” ao sabermos de uma verdade, que na verdade, já sabíamos, mas tínhamos medo de confrontá-la e aceitá-la?

- Não seria mais fácil “dar a mão a palmatoria” e assumir os erros que alguns dentro do partido cometeram e buscar “arrumar a casa”?

Na segunda-feira, pós-votação da continuidade do processo de impeachment na câmara, estávamos no carro ouvindo o noticiário na rádio sobre o domingo em todo o Brasil. E pensamos: “Gente, será que a Dilma chorou? Meu Deus, como essa mulher deve estar se sentindo?”. Entretanto, esses nossos pensamentos de empatia sobre a presidenta, não nos limitaram a avaliar o péssimo cenário que o “governo do PT” plantou em todo o Brasil.

Infelizmente, não somos “concurseiros” ou mesmo estudiosos sobre os processos burocráticos para, de fato, ser instaurado um impeachment. Entretanto, fazemos parte da população que se encontra sendo afetada de forma drástica com todo esse abalo na economia. Mas, dentro do cenário político, existem aqueles que ficam, ali na espreita, aguardando a “brecha” para poder agir. E, cremos, que foi isso que ocorreu e que culminou no pedido de processo para o impeachment contra a presidenta Dilma. Acharam a “brecha”.


Perguntas:

- Se houvesse uma específica votação e nela fossem convocados somente os 54 milhões de eleitores que reelegeram a presidenta, será que todos iriam votar novamente nela?

- Será que ela conseguiria, pelo menos, 55% dos votos?

- Enquanto presidenta, muito próxima do ex-presidente Lula, será que ela não sabia de nada sobre as “manobras” para conseguir adeptos (votos) para as conquistas na Câmara e no Senado?

- Um governo que vem somente caindo nas pesquisas (fora e dentro do Congresso Nacional), não possui mais “alianças” que gerem uma mínima governabilidade, como este pode sobreviver e ajudar o país a voltar a crescer?

Ouvindo uma das várias críticas sobre a votação na Câmara – algo que não vamos detalhar, pois com certeza você deve ter assistido o absurdo que foi visto por milhões de brasileiros – o convidado citava que tinha valido a pena aquele “circo”, para que as pessoas pudessem ver ao vivo e sem “edições” o comportamento dos nossos parlamentares.

Não sabemos se você ficou, mas ficamos “chocados” com os comportamentos e as declarações. E o mais triste disso tudo é que eles – os parlamentares - deveriam ter tido atitudes com mais “decoro”. E o que vimos foi aquela “zorra total” e que muitos lá dentro da câmara e fora dela “aplaudiram”. Enfim, gosto não se discute.

Mas, sim, existiu uma ínfima parcela daqueles parlamentares que se comportaram com “decoro”. Percebam bem que foi uma ínfima parcela dos 511 deputados que estavam presentes. 

É assustador ao sairmos do campo das piadas, “memes”, críticas mais ácidas (contra ou a favor) acerca de tudo que foi visto nos últimos dias. Aquietar a mente, buscar realizar observações críticas sobre todas as ações. E, assim, levantar ponderações salutares ou mesmo questionamentos que nos ajudem a mapear o nosso Congresso Nacional e quem escolhemos para nos representar, como também, reconhecer os brasileiros que estão sendo representados.



Bolsonaro, Wyllys, “guerra do cuspe” e a plateia

O deputado que estarreceu – mais uma vez – uma boa parcela da população com o seu discurso de “extrema-direita” não vai ganhar muitas linhas aqui neste texto. Como já sinalizamos acima já existem muitos dedos e, também, classificações mais críticas e ácidas sobre os vários comportamentos lamentáveis do deputado.

Já o outro deputado também não irá ganhar muitas linhas neste texto. Existem muitos vídeos sobre o ocorrido e, como foi citado, que cada consciência decida sobre suas avaliações e definam suas opiniões.

Entretanto, sugerimos que vocês assistam aos vídeos “não editados”, busquem ler matérias sobre o assunto de veículos não ligados a um ou a outro deputado. Busquem peneirar pela imparcialidade, mesmo estando de um lado ou do outro.

Então, logo após as divulgações sobre a “guerra do cuspe”, as atitudes das pessoas que apoiam - ou são simpatizantes da causa - do deputado Wyllys, foram as quais nos deixaram com várias interrogações. Nas redes sociais é só passarmos de 5 a 10 minutos no feed de notícias e perceberemos algumas atitudes que não se diferem das declarações do deputado Bolsonaro e do seu filho.

Entenda-nos, por favor! Não estamos de um lado ou de outro. Vamos delimitar a observação: nenhuma das atitudes foram civilizadas.

Dentro das nossas observações, nos deparamos com um “post” da Sra. Renata Leão, no qual ela – ex-assessora do deputado Wyllys, narra um acontecimento nos corredores do Congresso Nacional com o deputado Bolsonaro. Mais uma vez uma cena deplorável de ataques, xingamentos e piadas que denigrem a moral de um ser humano (neste caso do deputado Wyllys). Caso tenham interesse de ler, logo abaixo da assinatura desse texto existirá um link para a leitura na íntegra do texto e demais informações sobre os últimos dias e outras informações.

O nosso objetivo, pelo menos é o que queremos atingir em alguns de vocês, é levá-los a um pensamento crítico e imparcial de todo esse cenário caótico onde pessoas estão perdendo a razão com uma visão extremista. E não só com uma visão, mas com palavras e atitudes que não se diferenciam, citamos mais uma vez, das ações do deputado Bolsonaro.

Queremos apaziguar os ânimos, ser da turma do “deixa disso”, mas não deixar as coisas como estão. Não mesmo! Queremos respeito de ambos os lados e os direitos reservados de uma vida igualitária.


Perguntas:

- Qual será o nosso limite para aguentarmos determinadas provocações diárias que nos denigrem a imagem diante de uma plateia que quer ver o “circo” pegar fogo?

- Saindo dos “extremos”, as atitudes de uma parte da plateia que “apoia” o deputado Wyllys provoca alguma ação apaziguadora ou gera mais “revolta explosiva”?

- Se alguns tomassem uma postura mais avaliativa, ponderada (não nos referimos a condescendência) para acalmar os ânimos e perceber as suas falhas de ambos os lados envolvidos, seria tão errada tal postura?


- Todos que defendem (com atitudes extremas) o deputado Wyllys conhecem, a fundo, as suas propostas que hoje são condenadas pela bancada evangélica no Congresso Nacional?

(Nós não conhecemos. Vamos buscar conhecê-las!)

- Se muitos de nós buscássemos apoiar, mas com atitudes ponderadas e visivelmente mais equilibradas, as causas que são levantadas sobre a cassação do mandato do deputado Bolsonaro, será que o resultado não será mais positivo?



Eduardo "Blindado" Cunha, ligações perigosas e jogo de xadrez

Iniciando a finalização desse texto queremos esclarecer que somos contra toda a “manobra” que ocorre para a tomada do “poder”. Entretanto, as peças do tabuleiro são as que estamos observando e como muitos sabem, uma partida de xadrez, por si só, já é bastante complexa.

Os próximos passos desse jogo que estamos acompanhando desde as eleições de 2014 e também nos processos da Operação Lava Jato são tão mais “escuros” e provavelmente envolvem mais pessoas, que o sentimento de decepção, ainda, não atingiu o seu ponto máximo. Acreditem em nós!

O deputado Eduardo Cunha, precisa agora ser “a bola da vez”.

Perguntas:

- Será que os ditos “movimentos populares” que mobilizaram toda a sociedade com um discurso suprapartidário iniciarão ações em busca de justiça contra o deputado Eduardo Cunha?

- Será que em outras esferas da política e no Congresso Nacional, de fato, exista uma “blindagem” para poder não “derrubar” muitos outros políticos envolvidos e que possuem uma “imagem ilibada”?

Fazendo a utilização de uma pergunta cinematográfica fechamos esse texto:

“Quem vencerá: a força ou a inteligência?”


Segue alguns links para sua busca de conhecimento:

- Conheça a Operação Lava Jato: 

- Declaração da ex-assessora do Deputado Wyllys:

- Ano de 2012 e a audiência para discutir "a cura gay":

- Crise política, econômica e as pedaladas fiscais:

- Uma visão sobre o impeachment ou novas eleições: