sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

“Carnis Valles” e a legalidade



A ‘festa’ do carnaval originou-se em meados dos anos 600 a 520 a.C. na Grécia. Era uma festa com o propósito de agradecer aos deuses pela fertilidade do solo e produção. No decorrer dos séculos que vieram, a ‘festa’ teve várias transformações para adequar-se nas mais diferentes culturas e regionalismos em todo o mundo. Em todas estas variadas transformações que o carnaval sofreu o que se manteve originalmente foi a “legalidade” que os que a festejam sofrem. Muitos sabem acerca dessa legalidade, entretanto, existe outra camada dos festeiros que infelizmente nem sonham o que representa no “mundo espiritual” estar ao meio dessa festa pulando, dançando, cantando e apresentando-se – mesmo sem saber – como “oferenda” e “seguidor” das entidades representadas em cada variação que o carnaval tomou até hoje.

Este texto é principalmente voltado para muitos que ainda não entendem a “legalidade” que se ocorre durante os dias da maior festa popular do mundo: o “carne vale” em latim ‘carne’ significa carne e ‘valles’ significa prazeres, ou seja, o ‘carnaval’, a festa da carne, a festa da grande concentração dos prazeres a serem desfrutados sem medidas, sem a razão e sim tão somente a necessidade de satisfazer-se daquilo que lhe é permitido. Para a grande parte dos festeiros o permitido nesse caso é o “tudo é permitido”.

Não vamos neste pequeno espaço apresentar tudo acerca da “festa da carne”. Focaremos especificamente algumas ramificações da festa que são – infelizmente – presentes em nosso país, o Brasil. Iremos de forma breve citar o modelo se sua variação festiva, a legalidade representada nela , orientando desde já o leitor mais ávido por este conhecimento que busque fazer suas próprias pesquisas e em oração buscar o discernimento necessário para ser um multiplicador da verdade da terrível legalidade que existe nestes dias do “tudo é permitido”.

MARACATU: é uma festa que mistura as culturas indígenas, africanas e europeias sendo adaptada à nossa cultura brasileira no final. Nesta festa existe uma percussão que acompanha um cortejo real, que possuem de forma teatral por meio da dança, cantos e instrumentos a função de desenvolver em todo o seu trajeto festivo pela cidade um agradecimento às portas de igrejas e centro de ‘terreiros’ para santos e orixás respectivamente. Cada boneco e personagem dessa festa existe a sua representatividade à uma personagem de santos e orixás.

FREVO: por ser uma festa onde o ponto maior é a agitação, o ajuntamento do maior número de pessoas em ferveção, o frevo possui hoje uma das maiores representações no Brasil após o carnaval do Rio de Janeiro. Nesta festa também existem representações aos orixás e outras entidades ou mesmo a idolatria cega ao “Galo da Madrugada” que neste ano de 2012 irá ‘cantar’ (cacarejar) em momentos específicos da festa.

CARNAVAL: os blocos de rua, os desfiles nos sambódromos, os bailes fechados em clubes são todos grandes festas ritualísticas aos prazeres da carne. E a cada ano vai tornando-se tão explicita a sua intenção de liberar tudo a todos que hoje muitos de nós acaba por adotar uma visão de total ‘normalidade’.

No período da festa existem tantos trabalhos ritualísticos de legalidade que os mais sensíveis ao Espírito de Deus sentem a opressão que cerca determinados lugares. Não podemos ficar alheios ao que ocorre todo ano nesta época somente porque estamos em nossos retiros espirituais, ou seja, estamos longe da festa. Muitos de nós ainda somos legalistas para com essa festa de uma forma ou de outra. Precisamos regimentar um povo separado e santo para lutarmos de forma espiritual contra a potestade que atua nestes dias. Estudar mais acerca de cada representação, cada organização maligna que atua nestes dias e combate-las por meio de jejum e oração e buscar salvar almas.

Não queremos dramatizar ou de forma sensacionalista chamar a atenção do leitor, mas sim, alertá-lo de que se faz necessário, sim, retomar a multiplicação das informações do mal que é a festa da carne. Trazer de novo aos que se esqueceram e aos que ainda não sabem da legalidade que suas vidas sofrem ao participarem de maneira profunda dessas festas, do que ocorre no mundo espiritual ao dar legalidade à suas vidas aos santos e orixás representados nos bonecos, personagens, cânticos entoados e nas danças ministradas.

Cremos que todos nós somos chamados para este serviço. A diferença encontra-se na posição a ser tomada por cada um de nós em nome de Jesus.

Acordemos e vamos despertar os outros.

Na graça, na paz e no poder que existe no nome de Jesus.

JC

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue,
mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais."
Efésios 6:12